Construo um edifício
Projeto ousadoFundado
No nada
Aprumo estruturas
Verticais que conduzem
Ao vácuo
Ergo alvenarias
Com meu próprio húmus
As uno
Garagens, apartamentos
Penduro varandas Instalo elevadores
Solares
Subo à cobertura
AprecioO precipício
Construo um edifício
Nele habito
Só
Um comentário:
Vagner,
Acertei! Em abril deste ano, quando te sugeri enviar este esplêndido Geometria Óssea para concorrer no "Concurso Flip 2011", onde ele aliás acabou entre os 15 finalista (competindo com Deus sabe quantos poemas enviados do Brasil todo), eu disse o seguinte:
"Há nele vida pulsante, a busca do homem pela razão das coisas, o entendimento da existência que ao fim e ao cabo parece ser sempre em vão, esse vazio que sobra, que em certa hora nos toma e nos faz ver que é tudo uma grande besteira, tudo isso que fazemos, essa loucura toda de realizar, realizar, alcançar, ser e ter...
Além dessa mensagem forte, tem o fato de haver nele uma condensação que o faz dizer isso tudo com o mínimo de recursos gráficos, curto e exato, que faz dele um poema que tem uma força, uma energia que o aproxima da verdadeira Arte.
Me veio agora, de repente, a imagem de uma gota muito azul, bem escura, quase negra, daquele Azul-de-Metileno caindo numa água e dando aquele show indescritível... É essa a imagem que este poema me inspira"
Parabéns!
Abço
Cesar
Postar um comentário