Domingo

O dia se arrasta como um mendigo
As aves em formação peregrinam em círculos
Deus as vê ao leu, lá do infinito
(só as aves vão para o céu)

 É um dia bravio
Cheio de rodopios
Que extrai as gentes das ruas
Deixando-as nuas
As famílias estão nos lares
Os solitários nos bares

A cidade respira aliviada
As aves estão no céu
Os cães na calçada

Um comentário:

CESAR CRUZ disse...

Gosto desses poemas secos, curtos, econômicos. Esse poema retrata bem um domingo...

abço