Sangue

Meu sangue é impuro
A ele misturo
Muita coisa rara
Muita coisa suja

Escuro e grosso
No seu pulso ajunto
O rarefeito ar insuportável
Do solitário
Ao lixo colhido na esmola
Do convívio

Como herança
No meu sangue trago
A bússola rota
Que avança para o perigo
Ao sul do meu corpo
Onde o sexo aponta

Sangue envenenado
Provoca os nervos
Solidário
Ao que sofre

Que química é essa
Que me transporta
À beira do abismo
A sangrar no precipício?

Alquimia
Magia

Nenhum comentário: