No silêncio marinho

Afundei no mar
Pequenas conchas, organismos marinhos, cetáceos
Colaram em meus olhos e pele
Faço parte do mar agora
Quando olho para cima enxergo o céu
Por um filtro de água
Meus olhos de concha já não choram
Mas em meus sonhos relembro as estrelas
Quando subia nos altos montes, nas noites claras
E me entristeço
Embora as manhãs sejam alegres
Com milhares de peixes brincalhões
E o festivo jardim dos polvos
Estou fincado estaticamente neste coral desértico
E só me resta aguardá-los com sua dança sincrônica
Sua música fluida
(Os golfinhos com sua sabedoria trazem-me notícias do mundo exterior)

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