Os fantasmas dançam

Na imensa noite dos sonhos
Pressinto os fantasmas
No quarto escuro
Abro a cápsula de doces e diabruras
E duas balas flutuam
No vestido de gases
A antiga namorada
Estende o braço e convida-me à dança
A leveza dos corpos sem carne, sem fúria
Com que rodamos
No azul do sonho
Até que venha o vento
E dissipe seu sorriso de nuvens

Nenhum comentário: