A parca ciência

Empreste-me a luneta
Para enfiá-la na garganta
E explorar minha alma
Longe de mim mil metros
 
E uma lanterna
Já que às vezes desce
Às cavernas mais profundas
 
Lentes escuras serão úteis
Pois posso topá-la
Flutuando ao sol do meio dia

O espelho terá proveito
Pois amiúde se disfarça e se mistura
Aos personagens que habitam aqui dentro

Quando durmo
Ela sai em passeios noturnos
Nos encontramos e vagamos juntos
Em silêncio observando as cidades desertas
Queria então perguntar-lhe sobre destinos e trilhas
Sobre o sentido de cada dia vivido
Pois ela sabe
Mas eu calo

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