Cosmovisões

I 
No mergulho, adentro
O mínimo e me deparo
Com a infinitude do momento
E a igualdade do raro

II
Dirijo o telescópio
Para seus olhos
Caleidoscópio de planetas, galáxias
Ópio para esta vida besta

III
Constelações nos espiam
Do passado
O que somos é luz
Do ponto de vista interplanetário

IV
Viajamos velozes no universo
Desviando de outros astros
Haverá algum poder capaz
De alterar este mecanismo tão exato?
 
V
Sob o céu estrelado
Durmo e descortino
Outro céu sonhado
Onde rebentam as supernovas
Como um hino

VI
Quando o sol apagar
Que eu esteja sentado à minha varanda
Certo de ter cumprido a tarefa essencial
Nem bem, nem mal
Apenas vivido
O acontecido

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