Os sapatos de meu pai tinham terra
As pontas marcadas pelas pedras
Os sapatos de meu avô também
Lembro-me dos seus passos
Na madrugadaCom pressa
Hoje já não fazem barulho
E talvez não tenham mais terraOu marcas de pedra
Nas nuvens por onde caminham
Os flocos brancos suavizam seu
andarManso e longo
Seu andar
Já sem pesoOu pressa
Os sapatos de meu pai
Deixam pegadas em nossa memória
Um comentário:
Belo poema.
Estarão os sapatos do seu Aloísio, meu pai, pisando estas mesmas nuvens que agora pisam os sapatos do seu Ricardo?
Um dia saberemos...
Abço
Cesar
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