Sacro solo

De florestas necas nestas montanhas
Só pastos que restam
Revelam nuas topografias
Covas sem cruzes
Por onde pisoteiam bichos mansos
Revelam cones de barro
E cercas sobre o lombo da terra
Espetadas esticadas tensas
Lascas em sua carne tenra
Revelam homens que sobem e descem as montanhas
Os pastos
Em cavalos e mulas que pastam
Nas suas alturas
Nos seus ventos
Onde matas inexistentes
Outrora foram a morada
De índios raposas e pássaros

Hoje é o Ninho
Da Mantiqueira

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