De ponto a ponte

Vagando de mãos dadas
Com a tristeza
Nesta manhã triste, triste

Não sei de onde
Esta bruta força emerge
Arrastando consigo
Este dia tão cinza, cinza
Estas hostes de sombras
Onde apenas o tédio
Veste branco, branco
Como um pai de santo

Não sei de onde
Vem este som
Quase água, água
Que desliza pelos vãos
E frestas da casa
E liberta o eu
Aprisionado
Carregado de tesouros
E cacos, cacos
Do mundo lá de baixo

Nenhum comentário: